quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Cancros femininos

Há um certo número de cancros que afecta o sistema reprodutor feminino. Entre eles encontram-se o cancro da mama, o cervical, o do endométrio, o do ovário e o vulvar.



Cancro Cervical ou do Colo do Útero

Este cancro é um dos mais comuns do sistema reprodutor feminino. Nos seus primeiros estádios pode crescer sem se notar, pois nao produz sinais nem sintomas. Contudo, os sintomas podem desenvolver-se á medida que o cancro progride. Estes podem incluir ciclos menstruais irregulares com hemorragia entre os periodos, hemorragia após a menopausa, hemorragia após as relações sexuais, corrimento vaginal acentuado e com um odor activo e dor pélvica persistente.
O vírus do papiloma humano (HPV) tem sido relacionado com o desenvolvimento do cancro cervical. Na maior parte dos casos o vírus permanece adormecido no corpo enquanto é suprimido pelo sistema imunitário. Em certas mulheres, contudo, o vírus é capaz de enfectar as células da superficie da cérvix, fazendo com que fiquem cancerigenas, geralmente muitos anos após a infecção inicial com o HPV.


Cancro do Endométrio

O cancro do endométrio envolve o revestimento do útero (também chamado endométrio) e ocorre usualmente após a menopausa em mulheres com 60 ou 70 anos. O sinal mais proeminente de cancro do endométrio é o sangramento entre os períodos ou após a menopausa. Além disso, algumas mulheres podem experimentar perda de peso, períodos mais longos que o normal, uma descarga vaginal que pode ser rosada e aquosa ou dor pélvica.
A causa do cancro do endométrio permanece desconhecida. Contudo, pensa-se que o estrogénio contribua para o seu desenvolvimento. Certos factores forem identificados como pondo a mulher em risco. Se o equilíbrio entre o estrogénio e a progesterona no corpo é alterado até a um ponto em que mais estrogénio é libertado pelos ovários, a mulher corre um risco acrescido. Para além dos elevados níveis de estrogénio, a exposição continuada a esta hormona aumenta também o risco do cancro no endométrio. As mulheres começam a ter menstruação antes dos 12 anos e continuam após os 50 ou aquelas que receberam terapia hormonal de substituição só de estrogénio possuem um endométrio que foi exposto a mais estrogénio e têm um risco acrescido de cancro. As mulheres obesas, as mulherem que ovulam irregularmente e as diabéticas têm também um risco acrescido de cancro do endométrio. Outros factores de risco incluem tumores do ovário produtores de estrogénio, tratamento com tamoxifeno e predisposição genética.


Cancro da Mama

Uma em cada 8 mulheres dos países ocidentais desenvolverá cancro da mama durante a sua vida. o sintoma mais comum do cancro da mama é um nódulo indolor ou uma área espessada na mama. Muitas mulheres descobrem o inchaço durante o auto-exame. outros sintomas do cancro da mama incluem um corrimento claro ou hemático no mamilo, inversão do mamilo ou da pele sobre a mama, modificações na forma ou no tamanho da mama e eritema ou outras marcas da pele. No cancro da mama, as células malignas têm geral origem nos ductos ou nos lóbulos. Os factores ambientais podem também contribuir para o desenvolvimento do cancro da mama, como, por exemplo, a exposição a radiações. Certos factores de risco podem aumentar as hipoteses de cancro da mama. Muitos estão relacionados com um longo periodo de exposição ao estrogénio. Podem ter um risco acrescido as mulheres com mais de 50 anos, mulheres sem filhos, aquelas que tiveram o primeiro filho depois dos 30 anos, menarca precoce, menopausa tardia, mulheres caucasianas, mulheres alcoólicas, mulheres com atececedentes familiares de cancro da mama, mulheres com excesso de peso e mulheres que tenham recebido terapeutica hormonal de substituição após a menopausa.






Cancro do Ovário

Tipicamente, os sintomas do cancro do ovário são vagos e não específicos, tornando difícil o doagnóstico precoce. Estes sintoman incluem sensação de pressão abdominal, necessidade frequente de urinar, modificações nos movimentos intestinais que vão da diarreia à prisão de ventre, dor pélvica e no fundo das costas, indigestão persistente e náuseas, perda de apetite, flutuações de peso inexplicáveis, relações sexuais dolorosas e fadiga. O cancro do ovário dissemina-se muitas vezes aos tecidos vizinho s e aos órgãos entes de ser notado. Setenta e cinco por cento dos crancos do ovário são diagnosticados na fase III (disseminação regional e local extensiva do cancro, geralmente aos nódulos linfáticos) e na fase IV (o cancro disseminou-se para além dos nódulos linfáticos regionais até partes distantes do organismo) da doença.
A causa deste cancro é desconhecida, contudo, há teorias que afirmam que ocorre durante a reparação de tecido que se segue à libertação de um óvulo a cada mês. Pensa-se que o local da ruptura é susceptível de anomalias na engenharia genética celula. Com o tempo, as modificações do ADN são reproduzidas e desenvolve-se um tumor. Além disso, níveis hormonais elevados podem estimular ainda mais o crescimento das células anómalas.

Cancro vulvar

Este cancro raro envolve a parte exterior dos genitais femininos chamada vulva. O cancro vulvar é a diagnosticado mais frequentemente em mulheres idosas e parece-se com um tipo de cancro da pele. Os sintomas podem incluir uma sensação de prurido ou de ardor na vagina, hemorragia inexplicável, uma modificação na cor ou na textura da vagina e a presença de uma úlcera.
Tal como o cancro cervical, a maior parte dos crancos vulvares desenvolve-se em resultado da exposiçãoao vírus do papiloma humano (HPV).

1 comentário:

  1. Muitos Parabéns pelo blog e pelo trabalho que têm desenvolvido (que li no Pssst).

    Esta não é uma temática fácil de se trabalhar, não só pelas características da doença, mas também pelos mitos, preconceitos, medos e tabus associados.

    Para não me alongar pensei só em deixar duas sugestões (isto se já não estiverem a pensar fazê-las!).
    A primeira é que no seguimento deste post abordem a questão dos rastreios do Cancro da Mama (Técnica de Palpação e Mamografia) e do Colo do Útero (Teste de Papanicolau).
    A segunda é abordarem a Vacina contra o HPV.
    Pois são dois elementos importantes na prevenção e detecção precoce destes dois tipos de cancros muito frequentes em Portugal.

    Cumprimentos, Nelson Sousa.

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